domingo, 27 de março de 2011

Para liderar é preciso estar disposto a servir. - A árvore e o menino

Caderno de Planejamento






Afinal, o que é dislexia?

Afinal, o que é dislexia?
   
Por Maria Irene Maluf
Ler e escrever são necessidades básicas do ser humano, pois além de serem fundamentais para o acesso e aquisição da maioria dos conhecimentos de nossa cultura, tornam a pessoa intelectualmente independente.
Ao aprender a ler e escrever, a criança nasce novamente: se antes nasceu para a vida, agora nasce para viver no mundo da cultura. Toda a vida escolar é indubitavelmente marcada pelas primeiras experiências que as crianças vivem em relação à aquisição de conhecimentos e habilidades acadêmicas. Se essas experiências são freqüentemente frustrantes, é natural que a dedicação e a realização nessas áreas sejam prejudicadas e o acabem por produzir problemas na esfera afetiva e em todo o desenvolvimento da personalidade.
O domínio da leitura está ligada a vários processos que se associam para que seja possível ler e compreender o que se lê e esses dependem de diferentes funções cognitivas e sensoriais, como a atenção e concentração, a consciência fonológica e ortográfica, a decodificação rápida, a compreensão verbal, entre outras.
Apesar de se tratar de uma habilidade muito complexa, a maioria das crianças adquire facilmente essa capacidade. Entretanto, existe uma parcela significativa de alunos que apresenta grandes dificuldades na aprendizagem da leitura e escrita.
Podemos compreender a ansiedade dos pais em torno do sucesso escolar de seus filhos e principalmente em relação à sua alfabetização, da mesma forma que entendemos sua angústia e perplexidade quando a criança se mostra incapacitada a acompanhar a escolaridade, como o fazem seus coleguinhas de mesma idade.
A dislexia não é uma doença, mas sim um transtorno de aprendizagem, cujos sintomas podem ser percebidos desde a pré-escola e o diagnóstico é geralmente concluído, quando a criança alcança os sete ou oito anos de idade.
A dislexia é caracterizada fundamentalmente pela presença de grande dificuldade para a aquisição da leitura, geralmente acompanhada por idêntica problemática em relação à escrita, quando não existe atraso cognitivo, problema psicológico de porte ou deficiência sensorial que justifique tal transtorno. A maioria das crianças disléxicas sofre com os freqüentes fracassos escolares, os quais geram o rebaixamento da auto-estima e, conseqüentemente, levam a comportamentos que variam da apatia à agressividade, tornando a vida escolar e familiar muito desgastante.
Estudos e pesquisas atuais têm demonstrado que a dislexia é congênita, afeta mais os meninos do que as meninas e tem apontado para uma transmissão hereditária.
Os sintomas da dislexia podem ser aliviados com o acompanhamento profissional adequado, permitindo à criança cursar normalmente a escolaridade regular, do ensino fundamental à graduação ou pós-graduação, dependendo de fatores individuais.
É possível perceber alguns sinais de risco para a aprendizagem da leitura e escrita desde os quatro anos de idade. Essa percepção precoce é importantíssima no encaminhamento da criança aos profissionais especializados em tal diagnóstico (psicopedagogos, neurologistas) a fim de evitar que os danos conseqüentes à baixa auto-estima e os problemas escolares comecem a se instalar.
Recomenda-se começar um trabalho de estimulação sobre a transição natural da fala à leitura e escrita. Aguardar que a criança supere por si as dificuldades pode ocasionar outras questões que apenas complicarão a sua problemática.
Alguns sintomas podem chamar a atenção dos pais e professores, quando freqüentes e mais intensos do que o esperado para a idade. Citaremos alguns deles, de acordo com a faixa etária, embora não se esgotem aqui as possibilidades necessárias para o diagnóstico profissional.
Crianças entre 4 e 6 anos:
·a omissão, inversão ou a confusão de fonemas;
·vocabulário empobrecido;
·dificuldade na expressão oral;
·baixo nível de compreensão da linguagem;
·dificuldade em aprender a diferenciar cores, formas,tamanhos, posições;
·problemas de lentidão motora e
·atraso na aquisição de conhecimento do esquema corporal, orientação e seqüenciação.
Crianças entre 6 e 9 anos:
·Permanecem ou aumentam as inversões, confusões, trocas e omissões de fonemas;
·O vocabulário passa a ser cada vez mais empobrecido em relação à faixa etária e escolaridade alcançada;
·Na leitura, geralmente silabada, hesitante e mecânica, é freqüente a presença de confusão entre letras, como por exemplo entre: a/o; a/e; u/o; b/d; p/q; u/n, assim como aparecem omissões, inversões e adições de sílabas nas palavras lidas, o que dificulta ainda mais o entendimento do texto;
·Na escrita percebem-se confusões de letras semelhantes pelo som ou forma;
·Há omissões e inversões de letras, sílabas ou palavras, que persistem apesar do treino ortográfico; é freqüente a escrita de letras ou símbolos isolados em espelho e
·A escrita e a estruturação das idéias são confusas.
Crianças com mais de 9 anos:
·Dificuldade na estruturação das frases;
·Inadequação no uso dos tempos verbais;
·Dificuldade persistente na compreensão da leitura,assim como na expressão oral e escrita;
·Escrita muito irregular, com incorreções ortográficas, semântica e sintática;
·Transparecem as dificuldades às outras aprendizagens escolares que tenham como base a leitura e sua compreensão;
·Negam-se ou evitam ler, principalmente em voz alta;
·Compreendem melhor o que é lido para eles do que o que lêem e
·Como se cansam devido ao esforço mental, escrevem mais devagar e sua caligrafia pode ser muito irregular.
Infelizmente, as crianças não superam por si só esses problemas relacionados à leitura e escrita. Precisam de profissionais especializados por um período de sua escolarização e quanto mais cedo for iniciado esse atendimento, menos complicações serão desenvolvidas, tanto no âmbito escolar, como no emocional e social.
Espera-se da escola que tenha sensibilidade à questão e busque atualizar seus conhecimentos para detectar os sintomas sugestivos dislexia. Comunicar adequadamente aos pais suas suspeitas, incentivando o encaminhamento para o diagnóstico clínico, apoiar e adotar as condutas orientadas pelos profissionais especializados como ensino personalizado, avaliação adaptada e maior compreensão do comportamento e necessidades da criança disléxica. Promover a integração social através do respeito e do conhecimento de suas particularidades de aprendizagem, visando melhorar a imagem negativa que em geral esses alunos têm de si próprios.
Maria Irene Maluf
Pedagoga especialista em Educação Especial e em Psicopedagogia
Presidente da ABPp- Associação Brasileira de Psicopedagogia 

Como estudar?


CIEP -  016
Abílio Henriques Correia
Como estudar?
Existem algumas técnicas que auxiliam o estudante a alcançar seus objetivos.      
Se essas técnicas forem seguidas, seguramente o sucesso será alcançado e o próprio aluno perceberá que pode ultrapassar seus limites.

Fator Externo

AMBIENTE

O ambiente propício para o estudo deverá ser:
*       sossegado;
*       com boa iluminação;
*       sem música;
*       com uma mesa - somente com os materiais básicos para o estudo para que não haja distração com outras coisas do tipo: fotos, revistas, etc.;
*       uma cadeira confortável (para se manter uma boa postura durante o estudo);
*       um bom dicionário (não pode faltar).

Fator Interno

MOTIVAÇÃO E AUTO DISCIPLINA

Um fator que determina o bom estudo é a vontade de querer saber mais, sem essa vontade o aluno não chegará a nenhum  lugar. Para que  isso aconteça, o aluno deve saber aonde quer chegar, enfim, ter os seus objetivos bem definidos!
A auto disciplina atua como um auxiliar do estudante que deve treinar-se para ter domínio sobre a fantasia, imaginação, emoções e impulsos.

Planejamento e Organização

TEMPO

É importante que o aluno separe um tempo para estudar.
A escolha desse período é individual, pois cada pessoa tem os seus compromissos pessoais no decorrer da semana. Mas se faz necessário um empenho por parte do estudante para descobrir seus horários vagos e se dedicar ao estudo.
  1. Descobrir os períodos de tempo vagos.
  2. Selecionar aqueles períodos do dia em que você se sente mais "disposto”.
  3. Separar pelo menos duas horas para estudo, mas, entre uma hora e outra, descansar 15 minutos (saia do ambiente de estudo e faça algo para descansar a mente).

Anotações em Sala de Aula

As anotações em sala de aula são muito importantes para o estudo, pois elas são pessoais, ou seja, o aluno escreve com suas palavras o que está entendendo da aula, quando anotamos algo, estamos usando não somente as memórias visual e auditiva. Quando escrevemos algo, memorizamos mais!
*       Prepare um caderno para anotações ou utilize o próprio caderno da matéria a ser estudada, porque, quando fazemos anotações em qualquer folha, corremos o risco de perdê-los!
*       Crie o hábito de rever as anotações quando chegar a casa. Ao revê-las, podemos relembrar pontos importantes que deixamos de anotar durante a aula.

Estudando em Casa

Tudo será uma grande REVISÃO, deixando o estudante mais despreocupado, pois ele tem o domínio da matéria!
1º Passo
Ler o conteúdo a ser estudado despreocupadamente.
2º Passo
Ler o conteúdo sublinhando o que você está achando mais importante no texto.
3º Passo
Fazer um fichamento sobre o que foi lido. (lembre-se que este material é seu por isso tente abordar todos os aspectos do texto!).
4º Passo
Se houver exercícios para serem feitos e refeitos, a hora é agora.

Dica de Aprofundamento

Muitos alunos ficam apenas com o que os professores abordam em sala de aula e, por esse motivo, muitas vezes, não chegam a compreender o conteúdo.
Fazer leituras de jornais, ou de revistas sobre o tema estudado é um modo simples de aprofundamento.
Quando a matéria requer exercícios como, por exemplo, matemática, o estudante deve procurar em livros de outros autores exercícios diferentes e, a partir destes, o próprio aluno poderá criar os seus.

Estudando Exatas

A matemática sempre foi um "bicho de 7 cabeças" para o estudante.
As dicas são basicamente as mesmas:
*       Prestar atenção às aulas, fazendo anotações.
*       Tentar resolver alguns exercícios em sala, formulando assim perguntas para o professor.
*       Quando chegar em casa: REVISÃO! Escreva observações e perguntas, se as tiver.
*       Pesquisar outros livros é muito importante para o domínio da matéria!

Dica

"PERGUNTAR É SINÔNIMO DE INTELIGÊNCIA E INTERESSE, POIS QUEM NÃO PERGUNTA É PORQUE PROVAVELMENTE ESTÁ COM A MENTE VOANDO FORA DA SALA DE AULA”.
Seguindo esses conselhos práticos o estudante, sem sombra de dúvidas, alcançará êxito em sua carreira e, é claro, que esse êxito se refletirá em boas notas!
BONS ESTUDOS!

Coordenação Pedagógica